Foto: Instituto Pensar Energia/Divulgação
Foto: Instituto Pensar Energia/Divulgação
Transição Energética

BENTO ALBUQUERQUE: O MUNDO PASSA POR EVOLUÇÃO ENERGÉTICA

Segundo ex-ministro de Minas e Energia, o termo é mais adequado que transição energética já que o planeta passa por evolução na aplicação das fontes energéticas que sempre existiram

Redação
COMPARTILHE:

O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque defende que o termo adequado para o que se chama hoje de “transição energética” seja “evolução energética”, já que o que se vê é uma avanço tecnológico na aplicação das fontes energéticas já existentes. O depoimento foi gravado durante seminário de lançamento do  Instituto Pensar Energia (IPE), no último dia 10 de julho.

“(O termo ‘transição energética’) tem uma conotação de que se está mudando de uma situação para outra. Na realidade, quando falamos de energia, nós vemos uma evolução na aplicação das fontes energéticas. O fenômeno tem ocorrido com petróleo e gás, que têm cada vez menos pegada de carbono, assim como com o carvão, a fonte (de energia) nuclear, e também com as fontes renováveis. Seja na geração hidroelétrica, que já não é igual à de 70 anos atrás, seja nas novas fontes, como a eólica, a solar e o hidrogênio”, afirmou Albuquerque, citando o avanço tecnológico no setor de geração de energia a partir de novas fontes. 

Segundo o ex-ministro, o Brasil viveu transformação semelhante na sua matriz energética quando, nos anos 1970, a economia mundial enfrentou o choque nos preços do petróleo. O Brasil então investiu na autossuficiência em combustíveis fósseis para diminuir a influência da volatilidade dos preços sobre a economia, devido ao modelo de importação de fornecedores estrangeiros dos derivados de petróleo. Desde então, muito da infraestrutura no país foi construída em torno da exploração de combustíveis fósseis.   

Atualmente, no entanto, o cenário é outro. Diante da perspectiva de esgotamento das reservas dentro de 10 anos, segundo o ex-ministro, é necessário pensar as políticas energéticas nacionais como políticas de Estado, para manter sua posição estratégica. “Um país como o Brasil não pode abrir mão de independência energética, porque somos um país rico e abundante em fontes energéticas. Diversificação energética significa independência energética”, disse Albuquerque. 

Albuquerque elogia ainda o papel do IPE neste momento de mudanças e relevantes discussões sobre tendências no setor de energia.  Assista o vídeo:

CONTEÚDO PATROCINADO

O conteúdo acima foi produzido por meio de uma parceria com o INSTITUTO PENSAR ENERGIA. As informações e opinião contidas no texto, nos gráficos, nas imagens são de inteira responsabilidade do parceiro e não refletem necessariamente a opinião do Valor da Energia.

Se você percebeu erro no texto, nos ajude e melhorar. Desde já agradecemos sua participação. Clique aqui.

    ERRAMOS: Se você percebeu erro no texto, nos ajude e melhorar. Desde já agradecemos sua participação.

    Leia também