Foto mostra cidade do rio de janeiro iluminada
Foto: Natã Romualdo/Pexels
Consumo

CCEE: ALTA DE 6,8% NO CONSUMO DE ENERGIA NO 1º SEMESTRE

Estudo atribui aumento ao uso mais intenso de ar-condicionado e crescimento na atividade econômica

REDAÇÃO
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O Brasil consumiu 71.317 megawatts médios de energia no primeiro semestre de 2024, o que representa um volume 6,8% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que acompanha em tempo real o comportamento do setor e provê análises que apoiam o mercado em sua tomada de decisões.

De acordo com o estudo, a aumento no uso energético tem dois fatores principais: o impacto do calor, com o uso mais intenso de equipamentos de ar-condicionado nos dias mais quentes; e o crescimento da atividade dos 15 segmentos econômicos monitorados pela CCEE e que compram sua energia no mercado livre.

O ambiente regulado registrou consumo de 44.551 MW médios, montante 5,3% superior ao registrado na primeira metade do ano passado, enquanto o segmento livre utilizou 26.760 MW médios, quantidade 9,5% maior no comparativo anual.

Os dados não consideram a exportação de energia elétrica para a Argentina e o Uruguai, que foi de 136 MW médios neste primeiro semestre. Ao considerar o montante exportado em 2024 e no mesmo período de 2023, o Sistema Interligado Nacional (SIN) avança 4,8%, enquanto o Ambiente de Contratação Livre (ACL) cresce 4,1%.

Infografico - Consumo de Energia

Consumo por atividade econômica e região

Todos os 15 setores monitorados pela Câmara de Comercialização registraram aumento no consumo de energia nos seis primeiros meses deste ano. Os segmentos que tiveram maior alta foram o de saneamento (40%), serviços (24%) e comércio (23%), sendo os dois últimos também influenciados pela variação da temperatura. Nos dias mais quentes, estabelecimentos comerciais como shoppings e supermercados, além do ramo de hotelaria, costumam usar com mais intensidade aparelhos de ar-condicionado.

Na avaliação regional, a CCEE verificou aumento em todos os estados. Sete deles registraram crescimento de dois dígitos na comparação com o primeiro semestre do ano passado, com destaque para o Amazonas (18%), Acre (16,2%) e Mato Grosso do Sul (14,8%). A maior demanda foi influenciada principalmente pelas ondas de calor que atingiram essas regiões nos últimos meses.

O Rio Grande do Sul foi o estado com o menor avanço, de 0,7%, impactado pela tragédia climática que atingiu o estado em maio e junho e derrubou a demanda por eletricidade no mercado regulado, com boa parte da população fora de casa e parte da indústria e dos estabelecimentos comerciais paralisados.

Geração de energia

As hidrelétricas, que são a principal fonte do país, entregaram mais de 54 mil MW médios à rede, volume 2,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Eólicas, solares e usinas a biomassa, que produziram mais no comparativo anual, geraram juntas mais de 15 mil MW médios. A geração térmica permaneceu praticamente estável, com alta de 0,4%, com a oferta de quase 5 mil MW médios.

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