Foto: Petrobras/Divulgação
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Abastecimento

PETROBRAS: ALTA DE 2,4% NA PRODUÇÃO DE ÓLEO E GÁS EM UM ANO

Aumento nas vendas de derivados no Brasil e alto fator de utilização das refinarias também são destaques no Relatório de Produção e Vendas do segundo trimestre de 2024

Redação
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A produção média de petróleo e gás natural pela Petrobras foi de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre de 2024. Isso representa aumento de 2,4% na produção na comparação com o segundo trimestre de 2023. Segundo a empresa, a alta ocorreu pela evolução na produção (ramp-up) dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a produção foi 2,8% menor. A companhia explica que esse fato se deve, principalmente, ao crescimento no volume de perdas por paradas para manutenções e o declínio natural de campos maduros.

As vendas de derivados de petróleo no mercado interno aumentaram 3,2% no trimestre, com destaque para a comercialização de diesel e de GLP. As vendas de diesel S-10 tiveram um novo recorde trimestral, representando 64% das vendas totais de óleo diesel pela companhia.

A partir deste trimestre, o relatório de produção e vendas traz dados de emissões atmosféricas. No primeiro semestre de 2024, as emissões operacionais de gases de efeito estufa oriundas das atividades de óleo e gás da Petrobras foram de 21,4 milhões de toneladas. Tal patamar é similar ao do mesmo período de 2023, quando se alcançaram 20,7 milhões de toneladas.

Fator de Utilização das refinarias

De acordo com o relatório, o fator de utilização total (FUT) do parque de refino manteve patamar elevado, de 91% no segundo trimestre de 2024, mesmo considerando as paradas programadas realizadas nas refinarias Replan, Reduc, Recap, Revap e Regap.

A participação de petróleo do pré-sal nas cargas das refinarias alcançou índice trimestral recorde, de 69%. Segundo a Petrobras, isso favorece a produção de derivados de maior valor agregado e a diminuição de emissões.

A produção total de derivados teve leve redução, de 0,5% na comparação com o trimestre anterior. Ao mesmo tempo, houve incremento da produção de gasolina e diesel, produtos de maior valor agregado. No 2T24, a produção de QAV, gasolina e diesel representou 69% do total refinado.

Plataforma de petróleo da Petrobras
Produção registrou aumento de 2,4% na comparação com mesmo período de 2023

Produtos de gás natural

No segundo trimestre de 2024, a Petrobras realizou contratos de fornecimento de gás natural com volume aproximado de 940mil m³/d na modalidade de consumidor livre. Foram celebrados também aditivos aos contratos de fornecimento com seis distribuidoras, para inclusão do mecanismo de prêmio por performance com redução de preços a partir de consumo a mais pelos clientes. A empresa criou esse sistema para ser mais competitiva no mercado.

A venda de gás natural teve redução de cerca de 3 milhões de m³/dia em relação ao primeiro trimestre de 2024. A empresa explica que a queda ocorreu pelo aumento da participação de outros agentes, decorrente do processo de abertura de mercado. Pelo lado da oferta, houve redução de 2 milhões de m³/dia de importação de gás natural da Bolívia pela Petrobras, em linha com as flexibilidades contratuais negociadas.

Novas plataformas entram em operação

Um marco relevante nesse último trimestre foi a chegada do FPSO Marechal Duque de Caxias ao Brasil e a conclusão da sua ancoragem no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, que será o terceiro sistema definitivo de produção do campo, está prevista para entrar em operação no segundo semestre deste ano.

Já o FPSO Maria Quitéria teve sua entrada em produção adiantada para o último trimestre de 2024. A plataforma saiu do estaleiro da China em maio e está em navegação para o Brasil. A unidade irá operar no campo de Jubarte, localizado no pré-sal da Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo, e possui tecnologias para descarbonização, como o ciclo combinado na geração de energia e Flare Gas Recovery Unit – FGRU (flare fechado).

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